Mal e cura, entre a dor e a inspiração
O que é capaz a literatura? Tudo, absolutamente tudo. Mas mais surpreendente que a ficção é a vida real. Costumamos pensar o escritores quase como semideuses, alheios a questões práticas da vida, como ir ao supermercado, pagar as contas e dar conta das rotinas.
Quando se trata de poesia, por exemplo, o tema da dor não é incomum, em boa parte das vezes é o gatilho que desencadeia produções inspiradoras. Porém, em quase a totalidade dos casos é uma dor existencial, espiritual, que move os autores.
Mas as dores físicas também podem ser parte da vida de um escritor e, mais ainda, dos leitores. Escrever tendo como ponto de partida a dor do outro (que é também nossa própria dor) pode ser algo muito rico literariamente.
Em seu livro de poesia Mal e cura, Robertson Frizero joga luz sobre o sofrimento à flor da pele, aquele que nos leva a médicos, exames, hospitais, pílulas, conselhos de estranhos e toda sorte de comportamentos que sejam capazes de nos livrar do sofrimento físico.
A obra, uma espécie de atestado-manifesto de nossa fraqueza, é um livro sobretudo reflexivo, capaz de nos fazer pensar sobre as dores do corpo e da alma, por meio de versos nos quais o lirismo, a ironia e mesmo o humor estão presentes.
Desfrute de alguns poemas que compõem o livro. A versão completa está disponível na Amazon.