Disciplina na escrita criativa é a liberdade do escritor
Quando se trata de narrativa ficcional a disciplina na escrita criativa é a liberdade do escritor. O aparente paradoxo se desfaz quando levamos em conta que inspiração pode ser importante, mas a transpiração é fundamental.
Mas não há regras, exceto uma: crie sua rotina e seja disciplinado com ela. Ser disciplinado significa ter maior liberdade pois é a rotina que faz do escritor um perito na arte de inventar e imaginar mundos.
Ser disciplinado é o que leva a escrita criativa a sair do lugar comum das platitudes das narrativas sem conflitos. Pense assim, se o escritor ficcional fosse um personagem, ele seria um personagem redondo, isto é, complexo, não plano.
Disciplina, o longo caminho para se tornar discípulo de si próprio
Disciplina não é uma chave que se pode virar e, de uma hora para outra, torna-se um escritor disciplinado.
Portanto, disciplina implica um longo caminho para que um aspirante a escritor ou escritor iniciante possa se tornar discípulo de si mesmo.
É por isso também que não há uma regra, uma fórmula pronta e ao escritor cabe conhecer a si próprio. É deste autoconhecimento que vem, individualmente, o método de escrita que seja prazeroso e que não gere bloqueios criativos.
Dicas para ter disciplina na escrita criativa
Atenção! Ao conhecer estas dicas, lembre-se de adaptá-las às suas rotinas e às formas que lhe trazem maior prazer na escrita. Disciplina não pode ser sinônimo de sofrimento, mas de liberdade.
- Quando for escrever, evite distrações, procure se desconectar de redes sociais e deixe seu celular no silencioso
- Trabalhar 25 minutos e “descansar” cinco ajuda bastante a manter a concentração. Você pode também criar seus tempos, mas descansar é fundamental
- Nos momentos longe do computador não esqueça de ter sempre à mão um caderninho de anotações. Ele pode ser um bom companheiro para insights que podem surgir a qualquer momento
- Escolha, ao longo do dia, qual o melhor momento para você escrever
- Se sua rotina profissional não lhe permite desfrutar de optar pelo horário que mais lhe apraz, dedique algum momento à escrita, mas leve em conta um tempo menor dedicado à escrita criativa. O importante é manter-se escrevendo sem se esgotar
- Otimize seu tempo, quando estiver dedicado à escrita narrativa, faça isso de corpo e alma para depois desfrutar integralmente dos demais momentos do seu dia
- Se isso não lhe causar bloqueios, crie metas diárias de escrita, mas seja realista, não pretenda escrever dez páginas por dia. Se você é iniciante uma página está excelente, assim como um parágrafo bem feito também é um grande avanço
- Que tal um cronograma? Isso pode lhe ajudar a não perder motivação e projetar o trabalho no médio prazo o que é sempre um incentivo a mais
- Espante os fantasmas do bloqueio criativo com aquilo que esses monstros da procrastinação mais detestam: escreva
- Mantenha a rotina o máximo que puder, quando você ver, estará com seu livro pronto
Desafio de literatura 2021: envie suas resenhas e ganhe prêmios
Conhece o Desafio de literatura 2021 do site Frizero? Você pode publicar sua resenha literária em nossa página e de quebra ganhar o livro Dostoiévski – Correspondências (1838-1880), do escritor russo que completa duzentos anos de nascimento em 2021. A edição foi traduzida por Robertson Frizero.
Como devo escrever e enviar minha resenha
No mês de março o desafio é ler Um clássico da literatura escrito por uma mulher.
Para participar basta enviar seu texto para sitefrizero@gmail.com com o assunto [DESAFIO DE LITERATURA – NOME DO PARTICIPANTE].
Lembre-se deixar no formato .doc com a seguinte formatação: Times New Roman, 12, espaçamento 1.5, título e autor no nome do arquivo.
Caso sua resenha seja escolhida para publicação, você receberá um e-mail solicitando dados para o recebimento da premiação.
Roberton Frizero – escritor
Roberson Frizero é escritor, tradutor, dramaturgo e professor de Criação Literária. É Mestre em Letras pela PUCRS e Especialista em Ensino e Aprendizagem de Línguas Estrangeiras pela UFRGS. Sua formação inclui bacharelado em Ciências Navais pela Escola Naval (RJ).
Seu livro de estreia, Por que o Elvis Não Latiu?, foi agraciado pelo Prêmio CRESCER como um dos trinta melhores títulos infantis publicados no Brasil.
O romance de estreia, Longe das Aldeias, foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, do Prêmio Açorianos de Literatura e escolhido melhor livro do ano pelo Prêmio Associação Gaúcha de Escritores – AGES. Foi, por três anos consecutivos, jurado do Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro – CBL.
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