A criação literária e a escrita criativa – Desafios e possibilidades
Mais do que inspiração, vencer os desafios da criação literária e da escrita criativa pressupõe, antes de tudo, transpiração. Isso significa que dificilmente você escreverá seu best seller na primeira tentativa, mas é escrevendo que se aprimora.
Para escrever bem é preciso ser uma boa leitora ou um bom leitor, ou seja, ler com regularidade. Isso significa descobrir coisas diferentes, não apenas no seu gênero literário predileto.
Não há receita de bolo para a criação literária, mas aperfeiçoar técnicas de escrita criativa é um bom caminho rumo à produção e publicação de originais.
O que é escrita criativa?
Escrita criativa é a expressão utilizada para designar a criação literária, especialmente a ficcional. A escrita criativa serve para qualificar o processo de produção de textos como poemas, contos, novelas, romances, textos dramáticos, entre outros.
Tecnicamente, a escrita criativa trata-se de um conjunto de competências que se pode desenvolver e aprender em oficinas de criação literária.
O que tem a ver a criação literária e a escrita criativa
Uma criação literária atraente para o leitor é aquela que oferece uma história cuja trama e a narrativa sejam capazes de fisgá-lo. É aí que a escrita criativa oferece ferramentas ao escritor para que ele possa fugir do óbvio.
Cada tipo de narrativa exigirá um tipo de técnica de escrita criativa. Para escrever poesia é interessante conhecer os diferentes tipos de métrica (que define o tamanho do verso).
Se a sua praia é a prosa, primeiro defina se será narrativa curta – conto ou crônica – ou narrativa longa – novela ou romance. Para cada tipo de texto será empregada determinada técnica de escrita criativa.
Dicas para criação literária e escrita criativa
Como dissemos, cada tipo de texto de criação literária vai exigir técnicas de escrita criativa diferentes. Contudo, apresentamos algumas dicas gerais que podem em auxiliar em todos os casos.
Cultive a leitura como um jardineiro o jardim
Desenvolva o hábito da leitura e o cultive com amor e zelo de um jardineiro. No começo pode parecer difícil, mas se você organizar seu dia-a-dia, vai sobrar um tempinho para essa tarefa essencial à escrita criativa.
Transpiração é a regra, não a inspiração
Escrever, escrever, escrever. O aprimoramento da escrita criativa vem com o treino e essa é a maneira mais eficaz de melhorar suas técnicas. A inspiração virá com o treino, não com a espera mágica pela grande sacada.
Escrever diariamente
Tão importante quanto o hábito da leitura, escrever diariamente é algo que permite aprimorar a habilidade da escrita criativa para que, tal como definiu Aristóteles, a excelência seja resultado do hábito.
Pense e escreva para o leitor
Você pode até pensar que a principal pessoa da sua história são seus personagens, especialmente o protagonista. Na verdade, o foco da escrita criativa deve ser o leitor, que não é alguém em específico, mas seu público alvo.
Isso não implica que se deve escrever para “agradar” o leitor, no sentido pobre do termo, mas saber quem é seu público alvo. Conhecer seu leitor e escrever pensando nele pode ser determinante para o alcance de sua obra literária.
A criação literária e a escrita criativa
É importante sempre levar em conta que a criação literária e a escrita criativa não são dons herdados ou recebidos dos deuses da literatura. A dedicação e o conhecimento de técnicas nos tornam profissionais da escrita.
A vontade de escrever literatura de ficção é um primeiro passo para quem pretende se tornar escritor, mas não o suficiente. Se aprimorar nas técnicas de escrita criativa é um caminho rico em possibilidades para transformar sonhos em realidade.
Oficina – O conto
Gostou das dicas? Pensou em escrever um conto e se aventurar na literatura de narrativa curta? A oficina O conto, com Robertson Frizero, está com inscrições abertas e se inicia no dia 18 de novembro. Acesse a página do curso e saiba mais informações.
Roberton Frizero – escritor
Roberson Frizero é escritor, tradutor, dramaturgo e professor de Criação Literária. É Mestre em Letras pela PUCRS e Especialista em Ensino e Aprendizagem de Línguas Estrangeiras pela UFRGS. Sua formação inclui bacharelado em Ciências Navais pela Escola Naval (RJ).
Seu livro de estreia, Por que o Elvis Não Latiu?, foi agraciado pelo Prêmio CRESCER como um dos trinta melhores títulos infantis publicados no Brasil.
O romance de estreia, Longe das Aldeias, foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, do Prêmio Açorianos de Literatura e escolhido melhor livro do ano pelo Prêmio Associação Gaúcha de Escritores – AGES. Foi, por três anos consecutivos, jurado do Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro – CBL.
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